Jô guia os visitantes por um labirinto, o qual transforma a exposição em uma verdadeira instalação, contando com datashow, almofadas e, a um certo ponto, nos leva a visualizar uma parede na qual pequenas telas estão dispostas nas parede em porta-retratos, similar a um álbum de família. Mas, a meu ver, o cume da exposição está na parede de espelhos pequenos arquitetada a contra luz. Eis que no meio do labirinto surge essa parede e o expectador, já no meio do devaneio infantil, consegue embarcar numa metáfora quase referenciada numa metalinguagem totalmente interna. O espelho sendo a imagem da imagem. As telas sendo a imagem da imaginação. Jô Cortez consegue como poucos artistas fazer com que o público se relacione com a sua obra.
Como a exposição está virada para o poente, fica ainda mais linda e viva se for vista às 16h. Vá ouvindo o álbum Sou de Marcelo Camelo que dá um toque complementar à reflexão sobre ao trabalho. Tire seu tempo e não saia do labirinto sem ter ouvido o CD completo, um ar nostálgico vai prender sua mente às telas e à sua própria memória. Impossível não se sentir completamente revirado.
Exposição Meu Interior - Jô Cortez
Local: Estação Cabo Branco - Ciência Cultura e Arte | Segundo piso da torre Mirante
Período: de 8 a 30 de Outubro
Entrada gratuita





